Rede Brasileira de Museologia de Terreiro – REMUSTE

A Rede Brasileira de Museologia de Terreiro – REMUSTE foi criada no dia 9 de setembro de 2025, por ocasião do I Seminário de Museologia de Terreiro, realizado no Rio de Janeiro, formada por terreiros de religiões de matriz africana e afro-brasileira que trabalham com a preservação de suas tradições e memórias ancestrais e salvaguarda do patrimônio cultural em seus territórios sagrados.

A REMUSTE tem por finalidade articular, fortalecer e promover as ações museológicas desenvolvidas em terreiros de religiões de matriz africana e afro-brasileiras em todo o território nacional.

São objetivos específicos da REMUSTE:

I. Promover a preservação, conservação e difusão do patrimônio cultural material e imaterial dos terreiros;

II. Desenvolver metodologias específicas da Museologia de Terreiro aplicada aos espaços sagrados de matriz africana;

III. Capacitar lideranças religiosas e comunidades de terreiro em práticas museológicas;

IV. Fomentar pesquisas acadêmicas e populares sobre Museologia de Terreiro;

V. Articular políticas públicas de proteção ao patrimônio cultural afro-brasileiro;

VI. Promover o intercâmbio de experiências entre terreiros com práticas museológicas;

VII. Combater o racismo religioso e promover o respeito à diversidade cultural;

VIII. Desenvolver ações educativas sobre cultura afro-brasileira e africana;

IX. Promover mecanismos de registro e documentação da memória dos terreiros;

X. Estabelecer parcerias com instituições museológicas, universidades e órgãos governamentais.

A REMUSTE fundamenta suas ações nos seguintes princípios:

I. Sacralidade: Respeito ao caráter sagrado dos espaços e práticas dos terreiros das mais diferentes tradições;

II. Ancestralidade: Valorização dos saberes e tradições ancestrais africanos e afro-brasileiros;

III. Oralidade: Reconhecimento da tradição oral como forma legítima de transmissão do conhecimento;

IV. Territorialidade: Compreensão do terreiro como território sagrado físico e simbólico;

V. Coletividade: Promoção da gestão participativa e democrática;

VI. Interculturalidade: Diálogo respeitoso entre diferentes culturas e saberes;

VII. Sustentabilidade: Desenvolvimento de ações sustentáveis do ponto de vista social, cultural e ambiental;

VIII. Cuidado: Zelo pela preservação, manutenção e proteção do patrimônio cultural dos terreiros,

IX. Respeito: Reconhecimento da dignidade das práticas religiosas afro-brasileiras, combate ao racismo religioso e promoção da valorização das tradições dos terreiros.

X. Autonomia: Respeito à autonomia dos terreiros em suas práticas museológicas.

Quem faz parte

(Em Breve)