Histórico

Nos caminhos da diáspora, chegaram ao Brasil diversos grupos étnicos africanos, provenientes de regiões e culturas muito distintas. Vieram o povo banto, nagô, jeje e tantos outros que se encontraram e reconstruíam as suas práticas culturais, no esforço de criar um lugar para si, para existir, para além da escravidão.

O legado cultural desses povos está em todos os domínios da vida do brasileiro: na música, comida, dança, idioma e outras influências, sobre tudo nas religiões de matriz africana.

A partir de 1982, com a fundação do primeiro museu de terreiro do país, por Mãe Stella de Oxóssi, no Ilê Opô Afonjá, em Salvador, foi iniciado um trabalho de musealização sobre o patrimônio cultural destas comunidades tradicionais. No ano de 1997, Mãe Meninazinha de Oxum fundou o primeiro museu de terreiro no estado do Rio de Janeiro. Atualmente, tantos outros exemplos estão surgindo no Brasil.

Contudo, apenas em 2018, que o pesquisador e curador Marco Antonio Teobaldo concentrou seus estudos sobre as especificidades desta museologia tão peculiar, A partir desta pesquisa de mestrado orientada pelo Professor Doutor Mario Chagas (PPG-PMUS/UNIRIO), foi cunhada a terminologia Museologia de Terreiro, que aponta para um novo campo da Museologia no Brasil, sobretudo no âmbito da Museologia Social.